Novo protesto contra aumento
Grupo se reuniu na praça da Bandeira e, depois, seguiu até a Prefeitura
O final da tarde de sexta-feira foi marcado por um novo protesto dos estudantes contra o aumento da tarifa do transporte coletivo. A manifestação começou por volta das 18 horas, na Praça da Bandeira. Depois, os jovens seguiram pela rua 9 de Março, rumo à Prefeitura. Foi o quinto protesto desde o início do ano.
O início da manifestação foi marcado por um momento de tensão entre manifestantes e Polícia Militar. De acordo com um dos estudantes, cerca de 40 policiais estavam na praça por volta das 18 horas, contra pouco mais de 20 manifestantes.
O comandante do 8º Batalhão da PM, Eduardo Luiz do Valles, chegou a ir até o local para conversar com os estudantes e evitar provocações. A manifestação transcorreu sem problemas.
De acordo com um dos organizadores, Hernandez Vival, membro da Frente de Luta pelo Transporte Público, a manifestação não é somente contra o valor da passagem, que ele considera abusivo, mas por um transporte de qualidade. “O que temos hoje é um transporte que não oferece conforto e que é modelo de fracasso. Há uma perda de passageiros todos os anos”, argumenta.
Outro questionamento dos estudantes é por mais audiências públicas para tratar da nova licitação do transporte coletivo de Joinville, agendada para o final de janeiro. “Achamos muito pouco tempo de debate. É algo que vai definir o futuro do transporte nas próximas décadas e merece atenção”, justifica.
O estudante também reclama do valor da passagem – que passou a ser R$ 2,75 (antecipada) e R$ 3,10 (embarcada). “Houve um aumento acima da inflação. Lutamos por um preço justo e também pela tarifa zero”, diz. Um novo protesto deve ocorrer na próxima semana.
A Prefeitura e as empresas concessionárias não se manifestaram ontem sobre o protesto.
karina.schovepper@an.com.br
Novo modelo de concessão em debate
Para a presidente da Fundação Ippuj, Roberta Noroschny Schiessl, é uma oportunidade para equilibrar os problemas de “oferta e demanda”, além de tirar a gestão do transporte coletivo das mãos das empresas concessionárias.
A primeira audiência, no dia 30 de janeiro, servirá para consultar a população e debater alternativas para o meio de transporte. No segundo encontro, dia 27 de fevereiro, Roberta Schiessl acredita que já será possível finalizar uma proposta para o transporte coletivo. “Se surgir a necessidade, podemos discutir a possibilidade de novas audiências, mas acho que as duas serão suficientes”, explica. Para a presidente do Ippuj, a participação da comunidade e de movimentos sociais devem colaborar com a audiência. “Já há grupos com propostas definidas”, diz.
Fonte: A Notícia.
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