Por Maikon Duarte
A “grande mídia” local insiste representar imagens da FLPT de modo equivocado. Quando aborda o tema o tom é cheio de vícios conservadores, diminui o poder de mobilização e o acúmulo de debates sobre o Projeto Tarifa Zero. Ao colocar o rótulo “Estudantes manifestaram contra o transporte público” ou “Podem protestar, mas com disciplina” as linhas políticas dos jornais ficam evidentes, como se fosse necessário conter as manifestações de oposição a ordem econômica e social constituída na cidade da “ordem”, da “paz social” e do “trabalho”.
Faço a afirmação por saber que as atividades da FLPT não são constituídas somente por estudantes, é também feita por trabalhadores de diferentes campos de atuações, também não é essencialmente masculina, as mulheres jovens e adultas estão na luta. A FLPT não é contra o transporte público, mas contrária ao atual modelo de transporte, que, definitivamente, não é público. Ou seja, até o presente momento, a “grande mídia” da cidade funciona a serviço dos interesses dos seus parceiros da iniciativa privada e da PMJ.
No presente contexto, nos resta é contar com espaços de não jornalismo, como o blog Chuva Ácida e outras redes sociais. Os poucos canais de comunicação tratam o tema com seriedade, como o Portal Joinville ou com as iniciativas individuais de jornalistas, mas estes estão à mercê dos interesses comerciais do mercado das notícias.
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