terça-feira, 28 de dezembro de 2010

[Gazeta] Estudantes e trabalhadores distribuíram panfletos no Centro para mobilizar população contra reajuste da tarifa de ônibus


JACSON ALMEIDA
jacson@gazetadejoinville.com.br

Manifestações contra o aumento na passagem de ônibus, que passa a vigorar em janeiro de 2011, começaram em Joinville. Antes mesmo do Natal, nos dias 22 e 23 de dezembro, estudantes e trabalhadores distribuíram panfletos em frente ao terminal central com o objetivo de mobilizar a população para barrar o novo acréscimo (até 25%) pedido pelas empresas Gidion e Transtusa, concessionárias do serviço.

Segundo um dos participantes da Frente de Luta pelo Transporte Público, Hernandez Vivan Eichenberger, o objetivo da panfletagem é denunciar o abuso da cobrança de tarifa do transporte coletivo, que será acima da inflação como nos últimos reajustes. "Queremos iniciar uma discussão sobre a licitação do transporte – também já anunciada pela prefeitura – e o debate por uma nova concepção de transporte, verdadeiramente público e democrático, fora da iniciativa privada", destaca.

Além desse primeiro ato, no dia 6 de janeiro de 2011 haverá uma manifestação envolvendo o movimento e outras entidades de Joinville.
A Prefeitura de Joinville divulgou na semana passada que o valor da nova tarifa ficará entre R$ 2,55 e R$ 2,65. Além disso, afirmou que o acréscimo começa a valer em janeiro. Será a segunda vez que o prefeito Carlito Merss (PT) concede aumento. Em 2009, o governo reajustou em 12,2%, o que elevou o valor de R$ 2,05 a R$ 2,30. Agora, o Executivo quer dar mais 30 centavos.

A tarifa

Novamente a Prefeitura de Joinville se baseia, para conceder o reajuste do transporte coletivo, nas planilhas feitas pelas próprias empresas que oferecem o serviço. As concessionárias alegam que o acréscimo é devido ao diesel, ao salário dos motoristas, a manutenção dos veículos, impostos e renovação da frota. Por outro lado, algumas melhorias para eles são esquecidas e não foram colocadas nas contas. Os corredores só para ônibus abaixam o consumo de combustível, a gratuidade para usuários entre 60 e 64 anos foi cancelada, algumas linhas foram retiradas, aumento de frota no último período foi de apenas 3%, não houve melhorias no sistema de transporte coletivo, a prefeitura baixou de 2% para 0,02% o ISS (Imposto Sobre Serviço) e o valor do diesel teve decréscimo no período.

Entrevista •Hernandez Vivan Eichenberger • integrante da Frente de Luta pelo Transporte Público

Aumento em janeiro
Essa época do ano, em razão das festas, recesso e férias escolares, é bem difícil mobilizar a população, o que avaliamos que é uma estratégia dos governos em geral, institucionalizada pelo Carlito ao fixar a database dos trabalhadores do transporte em janeiro.

Planilhas
O fato é que as planilhas permanecem fechadas. É absolutamente falso supor que uma planilha elaborada e divulgada pelas próprias empresas correspondam à verdade. Todo pedido de aumento é amparado em dados fornecidos pelas próprias empresas.

Acima da inflação
Os aumentos são muito superiores à inflação (considerada de 1996 pra cá), de modo que as empresas, de fato, praticam um preço anti-social, um preço que exclui as pessoas do transporte.

Transporte público
Nosso debate, da Frente inclusive, diz respeito a repensar o "modelo tarifário" inteiro, o modelo no qual o custo do sistema é pago pela tarifa. Acreditamos que são os grandes industriais e comerciantes, os beneficiados com o deslocamento de força de trabalho e consumidores, que devem arcar com os custos.

Conscientização
Fizemos seminários sobre transporte, com a presença do elaborador do Programa Tarifa-Zero, Lúcio Gregori, ex-secretário do governo Erundina, e com presença do IPPUJ (Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville). Sempre tentamos diálogo com os órgãos da prefeitura.

Sem diálogo
O anúncio de aumento em plenas férias demonstra uma forte resistência da prefeitura para o diálogo. Ao contrário, a decisão demonstra a incapacidade de expor razões, ouvir divergência e tomar uma decisão conjunta. Por isso que, a partir de agora, a única alternativa é a mobilização da população joinvilense.

População é roubada
No nosso ponto de vista, tratar o transporte como mercadoria, como negócio, é roubar do cidadão o direito ao transporte, é transformar o transporte de direito em privilégio. Além disso, posso argumentar que o aumento é muito acima da inflação do período - mais de 100% acima - e que, portanto, de qualquer ponto de vista, R$2,30 já é roubo.

Vídeo da panfletagem do dia 23/12

A Frente de Luta pelo Transporte Público panfletou no centro da cidade nos dias 22 e 23 de dezembro alertando sobre a possibilidade de aumento da tarifa. Confira o vídeo:


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ato contra aumento na tarifa!

Frente de Luta pelo Transporte Público convoca um ato contra o aumento na tarifa de ônibus, para o dia 06 de Janeiro.

Mudar o transporte e barra o aumento, só depende de nós!

Ajude a chamar pessoas para lutar contra essa injustiça, juntos somos mais fortes!


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Por um transporte público de verdade

A Frente de Luta pelo Transporte Público vêm por meio dessa se posicionar contrariamente a todo e qualquer aumento, possível ou efetivo, na tarifa de ônibus.

As atuais empresas pediram por um aumento de tarifa que a eleve para R$2,88 fundadas em uma perícia de Instituto que hoje sofre duas ações civis públicas sob a acusação de fraude nas planilhas.

A prefeitura, por sua vez, já sinalizou um aumento que fique por volta de R$2,55 a R$2,70. A demagogia eleitoreira de abril de 2009, quando a prefeitura recusou o aumento da tarifa, mostra suas limitações.

O atual pedido de aumento da tarifa é insustentável. Primeiro por razões políticas, pois não há debate, conversa, diálogo em nada que diga respeito ao transporte de Joinville. A “Joinville de toda sua gente” é, na verdade, de pouquíssima gente, cuja preferência é dada a empresários endinheirados do setor de mobilidade.

Em segundo lugar por razões sociais. Já está amplamente demonstrado que o transporte é um dos principais custos das famílias brasileiras (segundo o IBGE, é o terceiro custo, dependendo do número de filhos chega a ser o segundo), além de que os altos preços das tarifas impossibilitam cerca de 37 milhões de pessoas de acessarem o serviço, pelo simples fato de não possuírem dinheiro para pegar ônibus.

Em terceiro lugar, mesmo o menor número apontado pela prefeitura (R$2,55) supera a inflação do período (os últimos 20 meses, que sequer chega a 10% de inflação). E mais ainda: na série histórica inteira (de 96 até hoje) que relaciona tarifa e inflação, se uma se guiasse pela outra, o argumento seria ainda mais falso. A tarifa de ônibus aumentou cerca de 138% a mais que a inflação. Se a tarifa, de fato e sem enrolação, tivesse seu aumento vinculado à inflação custaria hoje aproximadamente R$1,55.

No entanto, mais grave que todos os argumentos acima é que a própria possibilidade de aumento demonstra que o transporte em Joinville não passa de um negócio, um business, um meio de extrair o salário dos trabalhadores para os bolsos dos chefes da Gidion/Transtusa. Um roubo institucionalizado. É por essa razão que nós da Frente de Luta pelo Transporte Pública lançamos a campanha R$2,30 já é roubo. Não importa quanto aumente, se é que aumente a tarifa, nossa luta é para modificar toda a lógica do transporte, transforma-lo do modelo privado para um modelo público, no qual as decisões não sejam tomadas por empresários, técnicos do IPPUJ e por burocratas da prefeitura.

Frente de Luta pelo Transporte Público, 21 de dezembro de 2010

Panfletagem Contra o Aumento!

Na Quarta (22) e quinta (23), a partir das 18 horas, a Frente de Luta Pelo Transporte Público se concentrará na praça da bandeira para panfletar contra o aumento das passagens.

Além de alertar a população das manobras das empresas de ônibus junto com a prefeitura, estaremos convocando um ato contra o aumento no dia 06 de Janeiro de 2011.

Quem quiser ajudar a Frente na panlfetagem, é só aparecer!




















(Panfleto)


Imprima o panlfeto e distribua em seu bairro e trabalho. (Download do panleto para impressão)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Campanha nas redes sociais

A Frente de Luta pelo Transporte Público, inicia a campanha "R$2,30 já é ROUBO!".


Você pode ajudar divulgando a campanha nas redes sociais. Troque sua foto do perfil e atualize no seu álbum de fotos, com a imagem da campanha.

Fiquem atentos, logo mais atividades serão feitas!

























(Imagem da campanha - orkut/facebook)



























(Imagem da campanha - twitter)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

3º Seminário CANCELADO


















Por problemas com o local que seria realizado o seminário, ele infelizmente esta sendo cancelado.

Pedimos desculpas a todos.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

sábado, 30 de outubro de 2010

O Impasse invade a cidade

Documentário é exibido em Joinville e chama atenção para o sistema de transporte coletivo da cidade.

Cadeiras ocupadas e olhares atentos às cenas exibidas no telão. Desta vez, ao invés das mobilizações nas ruas e dos seminários sobre transporte coletivo , a Frente de Luta Pelo Transporte Público de Joinville, no último dia 23, exibiu o documentário Impasse no anfiteatro do Ielusc. Instigados pelo debate, cerca de 50 pessoas estiveram presentes e, após a exibição, participaram do debate sobre o assunto. Tamanho foi o interesse, que o evento terminou mais de três horas e meia após o início.












Produzido pelos jornalistas Fernando Evangelista e Juliana Kroeger, o documentário Impasse discute o transporte coletivo e relata as manifestações da Frente de Luta pelo Transporte Público de Florianópolis que ocorreram na capital catarinense. Manifestações que incluem desde passeatas, protestos e declarações; a socos, chutes e outras agressões policiais sobre os manifestantes e cidadãos.

Após a exibição, foi realizado uma conversa com o casal produtor do documentário e com a militante Carol Cruz, do Movimento Passe Livre de Florianópolis. Foram discutidos diversos temas, entre eles o surgimento e propostas do MPL e o sistema de transporte urbano da cidade.

Dia Nacional pelo Passe Livre












Em comemoração ao Dia Nacional pelo Passe Livre (26 de outubro), militantes da luta pelo transporte público fizeram a reapresentação do documentário Impasse na Praça da Bandeira, em frente ao terminal urbano de Joinville.












Desta vez as faixas e as passeatas foram substituídas por um ato de reflexão, exibindo o documentário que trata justamente da realidade enfrentada pelos militantes e da própria população: ônibus lotados, linhas reduzidas e horários atrasados, acrescidos a uma tarifa de valor alto e dependente de uma assombração: a “licitação”. Restam poucos dias para os usuários decidirem se querem continuar (in) satisfeitos com o modelo aplicado na cidade. E a única maneira de participar da decisão é nas ruas e lutando pelos seus direitos. Por um transporte público, gratuito e de qualidade.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Lançamento do documentário Impasse em Joinville



O documentário Impasse, sobre as manifestações contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em Florianópolis, vai ser lançado aqui em Joinville dia 23 de outubro.
A estréia será no anfiteatro do IELUSC, que fica na Rua Princesa Isabel, n. 438 - Centro, as 19h.

























Mais Informações: www.impasse.com.br

Esta atividade está sendo organizada pela
Frente de Luta pelo Transporte Público.

Organização:
MPL / DCE-Univille / CALHEV / DACS-Ielusc

Apoio:
Clube de Cinema / Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville / GEPAF / DocDois

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IMPASSE

Durante os meses de maio e junho, Florianópolis nova-mente foi palco de revoltas contra o aumento nas passagens do transporte co-letivo. Em alguns dias, as intensas manifestações chegaram a juntar sete mil pessoas. Esses manifes-tantes não estavam discu-tindo apenas o aumento nas passagens, mas sim o atual sistema de transporte, que exclui boa parte da popu-lação do acesso à cidade.

Feito durante as manifestações na capital, o documentário Impasse também ultrapassa as dis-cussões acerca do aumen-to da passagem. A diretora e o diretor, além de fazerem a cobertura das mobilizações, das assembleias e dos con-flitos entre manifestantes e policiais, entrevistaram téc-nicos da área de transporte, empresários do setor, traba-lhadores, poder público e os manifestantes.

Assim como em Floria-nópolis, a população de Joinville também sofre com a situação do transporte co-letivo da cidade. Há déca-das o serviço está nas mãos dos mesmos empresários, que monopolizaram o siste-ma e prestam um serviço de má qualidade, além pedi-rem constantes aumentos na tarifa. Os joinvilenses continuam aflitos com a si-tuação do transporte, já que o atual modelo não é ques-tionado pelo poder público.

Ano que vem é o ano da nova licitação do serviço de transporte coletivo e, até agora, as prometidas dis-cussões sobre o assunto ainda não aconteceram. Além disso, volta à tona, pouco após as eleições, a possibilidade do aumento da tarifa de ônibus. De acordo com nota divulgada no A Notícia, pág. 3, 13/10/2010, foi escolhido o “especialista” Rainoldo Uessler, para fazer estudo no valor da tarifa e buscar na justiça o acrés-cimo no valor da passagem.

Diante dessa passividade do poder público, cabe a nós cidadãos lutar contra esse sistema excludente e que beneficia interesses indivi-duais de empresários.



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Frente de Luta pelo Transporte Público convida:


Reunião de organização de novas ações.

Dia e hora: sábado, 9 de outubro, às 18h.

PARTICIPE!!!

domingo, 5 de setembro de 2010

Participe do Desfile - Por Uma Vida Sem Catracas

A Frente de Luta pelo Transporte Público convida você para participar do desfile da "independência" no dia 7 de setembro. A Frente participará de forma crítica, dialogando com a população a respeito de três questões fundamentais:

1) O possível aumento de tarifa em janeiro de 2011;

2) A licitação do transporte;

3) A necessidade de superar o modelo privado de gestão transporte.

Nos concentraremos na rua Itaiópolis (lateral da Beira-Rio), em frente a entrada do SESC, às 8h. Contamos com sua participação.

Frente de Luta pelo Transporte Público

Por um vida sem catracas!

http://nozarcao.blogspot.com/

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Debate Continua - 2º Seminário “Mudar o transporte, fazer a cidade”











No dia 19 de agosto, quinta-feira, foi realizado o 2º Seminário “Mudar o transporte, fazer a cidade” no auditório da comunidade no IELUSC. O evento contou com a participação do engenheiro e ex-secretário de transportes da prefeitura de São Paulo Lúcio Gregori, do arquiteto e urbanista Luiz Alberto de Souza, dos militantes do Movimento Passe Livre Bruno Isidoro e André Beavis. A mediação coube ao acadêmico de jornalismo Marcus Carvalheiro. Participaram cerca de 120 pessoas, entre acadêmicos da instituição e população em geral.

O evento iniciou com uma palestra de Gregori de cerca de 40 minutos. Gregori fez um detalhado histórico da questão da mobilidade no Brasil, desde as vilas operárias, que ao concentrarem mão-de-obra próxima às indústrias não punham a questão do transporte como um “problema”, até a concepção de transporte como um negócio lucrativo que vigora no Brasil, cujo núcleo se estrutura em torno da tarifa – modo de remuneração e extração de lucros por parte dos empresários e impeditivo de seu usufruto para a população – e se organiza via modelo de concessão de serviço público.

Lúcio explicou o modelo de municipalização aplicado no transporte de São Paulo. O modelo consistiu em uma espécie de “fretamento”, no qual através de um preço fixado o empresário dispõe o ônibus ao poder público, que o utiliza orientado de acordo com suas prioridades. Portanto ocorre uma “contratação” do empresário, e não uma concessão. O mérito, segundo Lúcio, da municipalização é retirar todo o poder político dos empresários de transporte, na medida em que após disporem os ônibus ao poder público não opinam sobre rota, tarifa ou operação. Pago os ônibus, cabe à prefeitura decidir sobre o preço da tarifa e o grau de subsídio a ela aplicado. Nesse ponto, Lúcio tratou de desmistificar que o Brasil é um dos países com maior carga tributária, sendo considerado apenas um país de carga tributária “média”. O custo dos ônibus, desse modo, então foi subsidiado pela prefeitura, que através do aumento do IPTU dos grandes proprietários adquiriu recursos para a democratização do transporte. No limite, o subsídio total da tarifa é a Tarifa-Zero – ônibus com custo X, mas com preço 0 à população – e isso ainda implicaria o fim dos terminais de ônibus, nas palavras de Lúcio, um instrumento de “segregação entre pagantes e não-pagantes”.

Após a palestra de Lúcio, foi a vez das intervenções do IPPUJ e do Movimento Passe Livre. Luiz Alberto de Souza elogiou a organização do evento e a perspectiva apresentada por Lúcio, mas ressaltou que o transporte não é o único problema do Brasil, de modo que o tratamento dos demais problemas sociais demanda muitos recursos, de maneira que não sobram recursos para pensar uma grande transformação do transporte urbano.

Os militantes Isidoro e Beavis, por sua vez, analisaram a situação de mobilidade de Joinville. Segundo eles, o transporte, em sua atual organização, não permite o acesso à cidade, limitando sobretudo os direitos à cultura, lazer e esporte, mas também, em alguma medida, o direito à saúde e educação. Destacaram que os 23,11% da população de Joinville que andam a pé, segundo dados divulgados recentemente, vivem uma situação de “não-mobilidade” ou, como enfatizaram, tem sua mobilidade restrita a “deslocamentos de sobrevivência” – a ida a padaria, à escola do bairro, à lotérica para pagar uma conta etc. Por fim, defenderam mudanças no transporte que o tornassem verdadeiramente público.

Em seguida, foi a vez das perguntas e intervenções da platéia. Além dos esclarecimentos prestados por Lúcio no tocante ao modelo municipalizado de transporte, o representante do IPPUJ foi bem requisitado, com perguntas a respeito de ciclovias, domingo livre e licitação no transporte coletivo.

Nas considerações finais os representantes do MPL trataram de enfatizar seu desacordo com as justificativas do IPPUJ no que diz respeito à dificuldade em se transformar o transporte. Lúcio Gregori, por fim, ressaltou sua visão geral sobre a organização do transporte no Brasil que sem recursos e políticas do Ministério das Cidades foi classificado pelo ex-secretário como, de modo geral, um “lixo”.

A Frente de Luta pelo Transporte Público continuará debatendo com a população joinvilense alternativas à do transporte coletivo.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

2º Seminário: Mudar o transporte, fazer a cidade











O 2º Seminário “Mudar o transporte, fazer a cidade” tem o objetivo geral de discutir propostas alternativas ao atual sistema de transporte de Joinville. O seminário, contará com a presença do engenheiro e ex-secretário de transportes da prefeitura de São Paulo (na gestão Erundina, do PT, entre 89 e 92) LúcioGregori.



Durante o período em que foi secretário de transportes, Lúcio trabalhou na implantação da municipalização do transporte coletivo de toda São Paulo e na promoção de um projeto-piloto de tarifa-zero na comunidade Cidade Tiradentes, com 200 mil habitantes à época. O projeto, na ocasião, foi bem aprovado pela comunidade, que passou a utilizar ônibus a preço zero, cujo custo era integralmente subsidiado pelo Estado.



Para ajudar no debate, estarão na mesa o Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville, e o Movimento Passe Livre.



Após a palestra inicial e debate, a palavra será aberta ao público.




sexta-feira, 11 de junho de 2010


















A população de Joinville historicamente ficou em segundo plano na formação do transporte coletivo da cidade, durante quatro décadas o mesmo foi construído dentro dos interesses de políticos e empresários.

A Frente de Luta pelo Transporte Público convoca a população para debater junto dos movimentos sociais um novo caráter de transporte público, onde a população realmente poderá participar do debate a partir da visão dos usuários e seus interesses.

Visto que as alternativas propostas até o momento só contemplaram uma única visão de transporte, construída entre empresas e prefeitura, excluindo os movimentos sociais que constroem o debate político a cerca do tema.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Nota de Apoio a Luta Contra o Aumento na Passagem em Florianópolis

A luta para barrar o modelo privado de transporte coletivo está em diferentes cidades brasileiras, especificamente pelo entendimento de que não é possível condicionar o direito de ir e vir à lógica de mercado, quando grupos empresariais e familiares determinam o funcionamento da cidade.

Joinville está inserida no contexto apresentado, aproximando a nossa realidade com Florianópolis. Quando nos colocamos nas ruas para lutar pacificamente, a polícia exerce o papel de repressão e criminalização, o que mais uma vez está ocorrendo, mas em contornos gravíssimos e arbitrários.

Chegamos à conclusão quando nas últimas três semanas de luta contra o aumento na tarifa do transporte coletivo da capital catarinense, a polícia executou a prisão de 25 manifestantes, já liberados, quando dois destes tiveram que pagar R$ 800,00 de fiança, e a utilização de cassetetes de maneira violenta e do equipamento de choque identificado por Taser, o que lembra um moderno pau-de-arara portátil.

Levando todo o contexto apresentado, nós, da Frente de Luta pelo Transporte Público de Joinville, solicitamos ao Ministério Público de Santa Catarina, ao Governo do Estado de Santa Catarina, ao comando da Polícia Militar de Santa Catarina, Assembleia Legislativa do Estado e, principalmente, a todas as pessoas do Estado de Santa Catarina, que reproduzem notas de repúdio e debates em todos os espaços possíveis a postura adotada pela Polícia Militar de Santa Catarina.

Toda solidariedade ao povo de Floripa!

Contra a repressão policial e empresarial!

Pelo fim da exploração privada no direito de ir e vir!

FRENTE DE LUTA PELO TRANSPORTE PÚBLICO.

Apóiam a carta:

Movimento Passe Livre – Joinville

Comitê de Apoio aos Movimentos Sociais – Joinville

Centro Acadêmico Livre de História Eunaldo Verdi - CALHEV

Centro Acadêmico de Letras Alcides Buss – CALABuss

Centro Acadêmico de Engenharia Química – ENGETEQ

Centro Acadêmico de Biologia – CABIO

Centro Acadêmico de Administração de Empresas – CAAD

Centro Acadêmico de Educação Física – CAEF

Centro Acadêmico de Odontologia – CAO

Centro Acadêmico de Medicina – CAM

Centro Acadêmico de Fármacia –CAF

Centro Acadêmico de Geografia – CAGEO

Centro Acadêmico de Engenharia Ambiental – CAEA

União da Juventude Socialista de Joinville – UJS

Diretório Central dos Estudantes - DCE - UNIVILLE

Diretório Acadêmico Cruz e Souza - DACS

Pró-Coletivo Anarquista Organizado de Joinville - Pró-CAO

Partido Socialismo e Liberdade de Joinville - PSOL

Joinville, 02 de junho de 2010

Trabalho de base continua

Quase duas semanas se passaram desde a negação do possível aumento do transporte coletivo e, durante esse período, a Frente de Luta pelo Transporte Público promoveu palestras em escolas municipais, estaduais e particulares. A ideia do grupo é não deixar que a burocracia imposta pela Prefeitura esfrie o movimento. Na última semana, o debate ocorreu no Colégio Estadual Jorge Lacerda, onde foram recebidos integrantes do Movimento do Passe Livre (MPL), do Diretório Acadêmico Cruz e Souza (Dacs), do Centro Acadêmico Livre de História Eunaldo Verdi (Calhev) e do Diretório Central dos Estudantes da Univille (DCE).
Alguns pontos principais foram debatidos em sala, como: interesses políticos, relação Prefeitura/Empresas de Transporte, relação público/privado, movimentos sociais, entre outros. Foi apresentado aos estudantes um breve histórico sobre os movimentos pelo transporte público.
A participação dos estudantes do Jorge Lacerda foi muito positiva, inclusive, para solucionar dúvidas comuns sobre um projeto público e gratuito de transporte. O debate também abordou problemas próprios do colégio, como a dificuldade para se formar um grêmio estudantil.
A insatisfação dos alunos em relação ao transporte coletivo esteve presente na maioria dos relatos. A preocupação dos jovens do Jorge Lacerda sobre outros setores públicos da cidade também foi um fato que chamou a atenção dos representantes do movimento. Estas experiências pessoais abriram brechas para que o debate continue. A mobilidade urbana, assim como a saúde, moradia, segurança e educação são necessidades básicas, infelizmente e frequentemente, apropriadas pelas iniciativas privadas. Através de discussões, como a desta semana, mostra-se à população que a iniciativa pública pode e deve administrar estes setores. Assim como o lixo não é pesado e cobrado na porta de cada morador de Joinville, o transporte público também deve ser administrado pelo município. É neste sentido, que a Frente de Luta pelo Transporte Público convida a população para discutir um projeto de transporte que seja público, gratuito e de qualidade.
O movimento agradece a todos os estudantes e professores que colaboraram com os debates.

R$2,30 JÁ É ROUBO

No começo desta semana (dia 19 de abril), a Prefeitura de Joinville declarou em nota oficial que não aumentará a tarifa do transporte “público” até Janeiro de 2011. A primeira reação dentro dos movimentos sociais foi de espanto, pois, até o momento, a articulação entre o prefeito Carlito Merss e os donos da Gidion e Transtusa, Moacir Bogo e Beno Harger, sinalizava um aumento de R$2,50 ou até R$2,65.

Nos primeiros desdobramentos do possível aumento, os movimentos sociais trabalharam em uma intensa atividade de base nas escolas de ensino fundamental, médio e superior. O trabalho foi realizado através de assembleias, visando debates com os jovens, o que resultou em uma grande adesão. Também foram realizadas palestras em salas de aula e panfletagens em frente às escolas. Esta primeira etapa de diálogo foi finalizada com uma grande manifestação na Univille, onde foi cobrado dos chefes de departamentos uma posição, pois todo aumento interfere na permanência dos acadêmicos nas universidades. É válido lembrar que existe um número expressivo de professores universitários com cargos políticos na atual gestão da prefeitura. É necessário que o corpo docente compreenda que o descolamento urbano dos acadêmicos também deve ser uma preocupação da administração da Univille, afinal, um aumento pode prejudicar seriamente o processo de construção do conhecimento universitário.

Considerando o grande desgaste da atual prefeitura perante vários setores da sociedade como: população em geral, imprensa e movimentos sociais, e lembrando que este ano haverá períodos eleitorais, não se pode deixar de citar o tamanho do colégio eleitoral de Joinville. A prefeitura optou pela decisão política para não prejudicar suas pretensões eleitorais partidárias. Assim que o possível aumento das passagens foi divulgado, a prefeitura abafou o aumento da tarifa da água que ocorreu durante a discussão do aumento da tarifa, sendo que esta última, possui um impacto econômico maior na renda da população joinvilense.

O adiamento do aumento não é o fim do debate, pois em janeiro de 2011 o aumento ocorrerá. A população deve se preparar junto com os movimentos sociais, pois, esta é a única forma de toda a população sair às ruas e exigir seus direitos básicos previstos na constituição. É dever de todos colocarem um fim a este ciclo de mais de quatro décadas de exploração. Exploração controlada por apenas duas famílias oligarcas: Bogo e Harger. A população deve exigir um modelo alternativo e independente que fuja da proposta das empresas e da prefeitura.

Outro fato, que cada vez se mostra mais conciso, é o alinhamento de pensamentos e estudos sobre mobilidade urbana por parte de Moacir Bogo, políticos e técnicos da Prefeitura. Todos argumentam em favor de um modelo de transporte coletivo baseado nos projetos de Bogotá e Pereira, cidades colombianas. Porém,grande parte dos usuários e usuárias joinvilenses desconhecem a realidade do transporte colombiano. Os movimentos sociais apontam outros modelos alternativos, que se diferenciam de forma clara e objetiva sobre o conceito de transporte e a mobilidade urbana. Estes movimentos pretendem trazer um serviço público de verdade, que assuma o interesse social acima dos lucros e das visões empresariais oportunistas. Nesse contexto, deve-se exigir um espaço democrático para que todos os atores sociais possam propor uma alternância estrutural ao sistema de transporte coletivo de Joinville. A construção de um fórum, de caráter deliberativo, é a forma mais democrática para atender essas diferentes perspectivas da população joinvilense. Este novo modelo de transporte não pode ficar na mão dos poderosos da cidade, pelo contrário, o projeto de transporte deve ser escolhido de forma popular e democrática, servindo assim, aos interesses coletivos.

Frente de Luta pelo Transporte Público faz trabalhos de base nas escolas

Na última semana, do dia 12 ao 15, a Frente de Luta pelo Transporte Público realizou diversos “trabalhos de base” com estudantes do ensino médio de Joinville. Esse trabalho consiste em conversas que tem o objetivo de esclarecer a possibilidade real de aumento da tarifa de ônibus em Joinville, explicar como está se desenhando o processo de licitação e argumentar em favor de um transporte verdadeiramente público.

Dia 12, segunda-feira, o Colégio Celso Ramos, no Bucarein, recebeu a presença de membros da frente. Houve panfletagens e conversas durante todos os turnos, inclusive na terça pela manhã. Na segunda ainda, à noite, houve panfletagem na Univille. Na terça-feira, ao meio-dia houve panfletagens na Tupy e no período noturno houveram panfletagens na ACE e Univille.

Na quarta-feira foi a vez dos alunos do turno matutino da Univille e da UFSC que contaram com panfletagens. Por volta das 11h da manhã houve panfletagem no Senai Norte e às 18h houve uma conversa com estudantes secundaristas no Centro de Direitos Humanos.

Quinta-feira, dia 15, foi o dia que inaugurou a primeira manifestação contra o aumento da tarifa em 2010 em Joinville. O dia começou com passagens nas salas do ensino médio do Colégio Nova Era. À noite, às 20:30h, ocorreu assembléia seguida de manifestação na Univille. Participaram cerca de 150 estudantes.

Segundo Daniela Alves, do DCE Univille, fazendo um balanço dos trabalhos de base, “a grande maioria dos alunos estão indignados e revoltados com o aumento”. Vanessa Rosa, estudante de Artes Visuais e militante do MPL, acredita que “os estudantes começaram a ter uma leitura de que o transporte atual é inviável e que temos que discutir novos meios de mobilidade urbana”.

A Frente durante essa semana continuará com os trabalhos de base nas escolas. Serão feitos contatos no Jorge Lacerda, Plácido Olímpio e João Colin. A disposição dos membros da Frente é de barrar todo e qualquer aumento.

CONTRA O AUMENTO 2010!

Nós, usuários e usuárias do transporte coletivo, ainda não compreendemos o último reajuste na tarifa do zarcão para R$ 2,30, nem descansamos das seguidas manifestações contra o AUMENTO. Os políticos e empresários estão querendo a nossa permanência nas ruas.

Os empresários em questão são da família Bogo e Harger, proprietários da Gidion e Transtusa respectivamente, junto ao Prefeito Carlito Merss estão articulando um novo AUMENTO da tarifa - a informação é chegará aos R$ 2,65.

No ano passado não deixamos barato, mostramos as nossas forças. Fizemos das praças, escolas, universidades e das ruas os nossos espaços políticos, pressionamos os vereadores e as vereadoras por um posicionamento contrário o AUMENTO. Lembra-se da ocupação na Câmara de Vereadores-as? No primeiro momento não obtivemos êxito, já que o AUMENTO não foi revogado, porém as manifestações criaram um mal estar tremendo ao Prefeito Carlito Merss e em todos os seus “técnicos em transporte”.

Em 2010, antes de sair qualquer número exato de reajuste, precisamos de mais organização e mais participação de todos os usuários e todas as usuárias. É nesse sentindo que convidamos VOCÊ a participar da Frente de Luta pelo Transporte Público, criada no último AUMENTO. O critério de participação é: lutar contra o AUMENTO da tarifa e buscar construir um transporte PÚBLICO para Joinville.

ENTRE EM CONTATO:

frentedelutajoinville@gmail.com

(47)3461-9148