Durante os meses de maio e junho, Florianópolis nova-mente foi palco de revoltas contra o aumento nas passagens do transporte co-letivo. Em alguns dias, as intensas manifestações chegaram a juntar sete mil pessoas. Esses manifes-tantes não estavam discu-tindo apenas o aumento nas passagens, mas sim o atual sistema de transporte, que exclui boa parte da popu-lação do acesso à cidade.
Feito durante as manifestações na capital, o documentário Impasse também ultrapassa as dis-cussões acerca do aumen-to da passagem. A diretora e o diretor, além de fazerem a cobertura das mobilizações, das assembleias e dos con-flitos entre manifestantes e policiais, entrevistaram téc-nicos da área de transporte, empresários do setor, traba-lhadores, poder público e os manifestantes.
Assim como em Floria-nópolis, a população de Joinville também sofre com a situação do transporte co-letivo da cidade. Há déca-das o serviço está nas mãos dos mesmos empresários, que monopolizaram o siste-ma e prestam um serviço de má qualidade, além pedi-rem constantes aumentos na tarifa. Os joinvilenses continuam aflitos com a si-tuação do transporte, já que o atual modelo não é ques-tionado pelo poder público.
Ano que vem é o ano da nova licitação do serviço de transporte coletivo e, até agora, as prometidas dis-cussões sobre o assunto ainda não aconteceram. Além disso, volta à tona, pouco após as eleições, a possibilidade do aumento da tarifa de ônibus. De acordo com nota divulgada no A Notícia, pág. 3, 13/10/2010, foi escolhido o “especialista” Rainoldo Uessler, para fazer estudo no valor da tarifa e buscar na justiça o acrés-cimo no valor da passagem.
Diante dessa passividade do poder público, cabe a nós cidadãos lutar contra esse sistema excludente e que beneficia interesses indivi-duais de empresários.
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